Organizações indígenas e sociais de Napo bloquearam as principais estradas que ligam Archidona a Tena, Quito e Orellana, como medida de protesto para exigir que o presidente Daniel Noboa suspensão da construção de um novo presídio de segurança máxima no cantão.
“Damos 24 horas ao Governo para parar este projeto. Caso contrário, rvamos adicalar nossas ações“e exerceremos o nosso direito à resistência”, disse Amada Grefa, prefeita de Archidona, após a manifestação que começou em 3 de dezembro de 2024.
O responsável garante que o trabalho não tem consulta prévia, gratuita e informadaconforme estabelecido em lei.
O processo de contratação deste novo estabelecimento prisional foi lançado em 25 de novembro de 2024. Está a cargo do Serviço de Atenção às Pessoas Privadas de Liberdade (SNAI).
O projeto, que contempla uma investimento de US$ 51 milhõesinclui o expansão do centro penitenciário existentelocalizado a cinco minutos da zona urbana deste cantão de Napo.
De acordo com o cronograma, Sua premiação está marcada para 9 de dezembro e a execução levaria 300 dias.
“Não somos contra o progresso, mas somos contra a imposição”
A megaprisão preocupa os residentes sobre o seu impacto na segurança e na economia local.
“Não somos contra os projectos do Governo, mas eles não devem afectar a nossa tranquilidade. Esta prisão trará tráfico de drogas, tráfico de pessoas e insegurança”, disse José Toapanta, prefeito de Napo.
Lorena Tapuy, moradora do bairro de Santa Elena, compartilha esse medo: “Se já é assustador quando os presos escapam desta prisão, não quero imaginar como será com criminosos mais perigosos”.
Além disso, garantem que a construção ameaça instituições educacionais próximas, frequentado por mais de 3.000 alunos. As autoridades também acreditam que a prisão poderá afectar o turismo, que representa 90% da economia do cantão.
Archidona está se preparando para receber o reconhecimento do GeoParque Napo-Sumaco pela UNESCOuma conquista que temem que seja ofuscada pelo projecto prisional.
Medidas legais e um apelo ao diálogo
O Deputado Roberto Cerda solicitou à Assembleia Nacional comparecimento das autoridades do Ministério do Governo e do SNAI para contabilizar o processo de construção:
“Eles devem explicar porque decidiram realizar este projeto sem consultar as comunidades locais.”
Por sua vez, Grefa reiterou que Archidona está aberto ao diálogo com o Presidente Noboa. No entanto, ele alertou que “Não permitiremos que nos seja imposto um projeto que põe em risco o nosso bem-estar.. Se não houver resposta favorável, a resistência continuará.”
A construção de megaprisões, como as construídas por Nayib Bukele em El Salvador, foi uma das ofertas de campanha do presidente Daniel Noboa. O primeiro, já em construção, ficará localizado próximo à pacata comuna de Santa Elena.