A megaoperação Gran Fénix 52 Gibraltar, realizada em Guayas, Pichincha e El Oro, revelou mais uma vez a infiltração do tráfico de drogas em instituições do Estado, como a Polícia Nacional e a Marinha.
Isso ocorre porque, além do pseudônimo ‘Carlitos’, foram presos o narcotraficante equatoriano responsável pela organização, um ex-policial, Julio César Miño, e um marinheiro da ativa, Galo Litardo.
Ambos, segundo informações oficiais, faziam parte desta organização encarregada de enviar 7 toneladas de cocaína para portos europeus, como Espanha, país que ajudou nas investigações.
Na verdade, a operação de desmantelamento da quadrilha surgiu em decorrência da apreensão de drogas em um porto espanholno que diz respeito à cocaína escondida em produtos congelados.
No total, a intervenção policial deixou oito detidos, incluindo os dois fardados, e também conhecido como ‘Carlitos’, o cérebro da banda.
Além disso, três carros de alto padrão foram apreendidos, US$ 12.000 em dinheiro, e dezenas de equipamentos de comunicação e armazenamento.
O que se sabe sobre o ex-policial e o marinheiro detidos até agora? Esta é a história dele:
- Julio Cesar Miño é cidadão equatoriano e não possui antecedentes criminais. Miño foi ex-chefe da Polícia Judiciária de Guayas, comandante da Subzona Manabí 13 e até vice-diretor nacional de trânsito para consumo interno, em 2016.
- Galo Manuel Litardo também é equatoriano e não tem antecedentes criminais. Ele é tenente-capitão da ativa da Marinha Nacional e, em 2020, chegou a ser condecorado pela Prefeitura de Guayaquil por seu trabalho na instituição.
Em seu trabalho público, ambos uniformizados estavam ligados a atividades antidrogas e em províncias onde operam gangues do crime organizado, como Guayas e Manabí.
Por exemplo, em entrevista ao PRIMICIAS, Litardo, que em julho de 2022 integrou o Grupo Operacional da Marinha em Manabí, disse como os uniformizados da área de Inteligência foram ameaçados por quadrilhas de narcotraficantes.
Ele disse que os agentes do combater o tráfico de drogas corre riscos elevados“tanto no território como em bases militares ou policiais”.
Após a prisão de Litardo, o Marinha do Equador publicou comunicado no qual rejeitou a associação de policiais uniformizados na ativa com atividades criminosas.
Disse ainda que colaborará com as autoridades nas investigações do caso, uma vez que “aqueles que atuam ou exercem atividades distantes dos valores institucionais, independentemente de sua posição hierárquica, eles devem passar por aos processos administrativos disciplinares”.