SEPS detalha causas de liquidação

A Superintendência de Economia Popular e Solidária (SEPS) explicou os motivos da liquidação da Cooperativa de Poupança e Crédito da Câmara de Comércio de Ambato. Freddy Monge, prefeito-geral do SEPS, informou que a decisão respondeu a graves falhas detectadas desde 2023.

Entre as principais irregularidades destacaram-se o incumprimento do Programa de Supervisão Intensiva, com apenas 32% das estratégias aplicadas, a presença de um índice de solvabilidade de -4,44%, e a acumulação de reclamações por falta de pagamento desde março de 2024. Além disso, foi identificado um défice de 19,9 milhões de dólares em provisões de carteira em 31 de agosto.

Monge sublinhou que, apesar das medidas adotadas desde 2022, os indicadores financeiros continuaram a deteriorar-se, atingindo níveis críticos. A cooperativa, que operava em seis províncias e servia mais de 92 mil membros, limitava os levantamentos a 130 dólares semanais, o que intensificou o descontentamento dos depositantes.

O liquidante José Miguel Acuña afirmou que as operações estão suspensas enquanto são realizados os estoques e estabelecida a base de credores da COSEDE. Esta entidade será responsável pela devolução de poupanças de até 32 mil dólares, enquanto valores mais elevados dependerão da recuperação de ativos.

A SEPS lembrou que não são necessários advogados ou procedimentos adicionais para aceder ao seguro de depósitos e garantiu que o sector cooperativo a nível nacional mantém a estabilidade. Por fim, o caso será enviado ao Ministério Público para apuração de possíveis responsabilidades criminais. (EU)

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