Assembleia declara luto pela morte dos quatro filhos de Guayaquil e tramitará processo de impeachment contra o Ministro da Defesa

Dor, indignação e solidariedade É o que expressaram várias figuras políticas do Equador após confirmarem que os quatro corpos encontrados em Taura são das quatro crianças de Guayaquil. Entretanto, a Assembleia Nacional declarou três dias de luto institucional por esta causa.

Os resultados dos exames genéticos forenses permitiram identificar que os corpos são dos: irmãos Ismael Arroio, 15 anos e Josué Arroyo14, e seus amigos, Neemias Arboleda (15) e Steve Medina (11) desapareceu após operação militar, em 8 de dezembro,

A Assembleia Nacional declarou três dias de luto institucional “pelo desaparecimento forçado e assassinato dos quatro menores desaparecidos em Guayaquil”, afirma um comunicado desta Função do Estado.

Por sua vez, o Conselho de Administração Legislativa (CAL) admitiu processar o pedido de impeachment apresentada pelo Correismo contra Gian Carlo Loffredo, Ministro da Defesa, por alegado incumprimento das suas funções face a este crime.

“O Ministério da Defesaterá que responder ao país e aos equatorianos pela morte dos quatro menores de Las Malvinas, em Guayaquil”, informou o Parlamento.

A vice-presidente da República, Verónica Abad, também ordenou que o seu gabinete “observar um luto oficial de três dias, como parte do nosso compromisso de não esquecer estes atos abomináveis ​​e imperdoáveis.

“Não vamos desistir até que os responsáveis ​​por este crime atroz enfrentem todo o peso da lei. O Equador não pode tolerar mais violência ou impunidade”, acrescentou Abad num comunicado e prometeu que “nunca mais haverá vítimas silenciadas.”

Da mesma forma, o Ouvidoria, Em comunicado, ele expressou sua “indignação e repúdio por este grave crime”. E apelou às instituições do Estado “para responder rápida e diligentemente sistemas de proteção e restituição de direitos”.

A instituição referiu que dará continuidade a este caso “para que o Estado responda com verdade, justiça, não revitimização, reparação abrangente e não repetição”.

Por seu lado, o Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos garantiu que “continuará a trabalhar de forma articulada com as instituições competentes para garantir que a verdade e a justiça prevaleçam, e que as famílias recebam a atenção necessária.

Ao mesmo tempo, recordou “a importância de agir com sensibilidade e respeito para com as famílias afetadas, evitando qualquer forma de revitimização e estigmatização. “É crucial que a sua dor não seja agravada por ações que violem a sua dignidade ou privacidade”, acrescentou.

  • “É inaceitável”, reage a prefeita de Guayas, Marcela Aguiñaga

    A prefeita de Guayas, Marcela Aguiñaga, também utilizou a rede social para expressar sua dor pela morte das quatro crianças no chamado caso Malvinas.

    “É inaceitável que a vida dos nossos filhos termine desta forma. Que o medo não nos silencie, e que a solidariedade se torne a voz que exige justiça para que algo assim nunca mais se repita”.

  • Movimento CREO: “Que seja aplicado todo o peso da lei”

    O Movimento CREO, em comunicado de imprensa, partilhou a sua solidariedade com os familiares das quatro crianças e exigiu que a investigação avançasse e os responsáveis ​​fossem punidos.

    “Levantamos a nossa voz e exigimos que todo o peso da lei seja aplicado contra os responsáveis, e que de forma alguma as investigações parem até que aqueles que cometeram estes assassinatos atrozes e desaparecimentos forçados sejam encontrados, de onde quer que venham.

  • Pabel Muñoz, prefeito de Quito: “Chegamos ao fundo do poço”

    O prefeito de Quito, Pabel Muñoz, também enviou suas condolências às famílias das quatro crianças.

    “O Equador está de luto e muito indignado, chegamos ao fundo do poço. Não há dor maior para uma sociedade do que ter perdido 4 filhos devido à suposta ação daqueles que estão lá para nos proteger”, escreveu ele em sua conta no X.

  • Guillermo Lasso, ex-presidente: “Este caso desafia a todos nós”

    O ex-presidente do Equador, Guillermo Lasso, falou em sua conta X após confirmar a morte das crianças em Taura.

    “A descoberta dos corpos destes quatro menores, vítimas de extrema violência, evidencia a urgência de reforçar as garantias de justiça, transparência e respeito pela vida”.

    “O envolvimento dos militares neste caso levanta questões preocupantes sobre confiança nas instituições encarregadas de nos proteger”, acrescentou.

  • Henry Cucalón, candidato do Construye: “Não podemos aceitar estes crimes como se fossem rotina”

    Henry Cucalón, candidato presidencial da Construye, destacou que é 31 de dezembro “muito doloroso” e um momento de luto nacional.

    “Como pai e cidadão expresso as minhas condolências e solidariedade às famílias que sofreram esta trágica perda. Como país não podemos aceitar estes crimes como se fossem rotina.Temos que prevenir, punir e evitar a impunidade, independentemente da situação política.”

  • “Todo o peso da lei para os responsáveis”, pede a Prefeitura de Quito

    “Este fato não lamenta apenas seus entes queridos, mas também toda a nossa sociedade, que exige paz e segurança”, afirmou a Prefeitura de Quito, em comunicado.

    A Câmara Municipal da Capital exigiu “que as instituições competentes investiguem e que os responsáveis ​​enfrentem todo o peso da lei. Unimo-nos ao grito nacional por justiça e verdade”, acrescentou.

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