Deficiência não é incapacidade

As Pessoas com Deficiência lutam pelos seus direitos, bem como para terem o seu espaço na sociedade e, sobretudo, para conscientizar a população de que deficiência não é incapacidade.

Em alguns setores públicos ou privados ainda há medos, dúvidas e ceticismo quando querem contratar uma pessoa com deficiência, porque se considera que as pessoas com deficiência não conseguirão realizar o trabalho ou desenvolvê-lo de forma eficiente, anunciou Byron Guerrero, coordenador do Grupo de Pessoas com Deficiência Visual de Tungurahua.

Diante desse panorama, algumas Pessoas com Deficiência buscam espaços para brilhar com seus empreendimentos, e assim terem uma oportunidade na sociedade e, desta forma, ingressarem gradativamente no mercado de trabalho.

Pela importância de relembrar o Dia da Deficiência, os membros da Associação de Pessoas com Deficiência Visual de Tungurahua (com 50 pessoas) decidiram partilhar momentos agradáveis ​​​​fazendo uma caminhada e posteriormente chegando às instalações da Universidade Técnica de Ambato para praticar desporto e também usar a piscina, observou Byron Guerrero.

Para continuar no processo de visualização da importância deste setor vulnerável, está prevista para este dia 3 de dezembro uma atividade de “vínculo” entre os alunos da Escola Especializada Cardenal “Julius Doepfner” com os alunos da Educação Inicial da Universidade Técnica de Ambato liderada por Dra. Paola Mantilla, a partir das 15h, com processos recreativos para crianças estudantes com deficiência visual em seu campus, disse Guerrero.

Por sua vez, Mercedes Santana, ex-analista de promoção de emprego para Pessoas com Deficiência do Serviço de Inserção Laboral (SIL), afirmou que as pessoas que se candidatam a cargos administrativos e técnicos e que têm formação escolar, aspiram a ocupar esses cargos de forma operacional. Ou seja, as suas oportunidades continuam a ser menores na sociedade, porque há um excesso de oferta de mão-de-obra.

“As empresas não oferecem oportunidades de emprego para pessoas com altos percentuais de deficiência”, disse Mercedes Santana.

Sobre a questão da acessibilidade do ensino superior, sustentou que melhorou, em termos de acessibilidade física e informacional. As adaptações curriculares ainda precisam ser reforçadas de acordo com os tipos de deficiência.

Para a ex-funcionária do SIL considera que é importante que o Serviço de Inserção Laboral seja reactivado, porque é um serviço especializado, baseado na capacidade e tipo de formação das Pessoas com Deficiência, uma vez que actualmente todas as pessoas que procuram emprego (com ou sem deficiência) devem ser remetidos às páginas onde o trabalho é oferecido, mas as particularidades não são consideradas. “Estamos no caminho para cumprir os direitos das Pessoas com Deficiência”, disse ele. (EU)

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