Quito comemora 490 anos de fundação em 6 de dezembro de 2024. Enquanto na cidade os cidadãos andam de chivas, disputam quarenta campeonatos, bebem canelazos e assistem a concertos, é hora de rever alguns dos muitos personagens populares icônicos de Quito.
Esses personagens retratam, em certa medida, a identidade e a idiossincrasia dos habitantes da Capital. Além de fazer parte da tradição e da cultura popular.
PRIMICIAS relata seis dos personagens e empregos mais tradicional e representativo de Quito.
‘Dom Evaristo’
Uma das pessoas mais importantes da capital é o chullita tradicional de Quiteño. E não há ninguém que o incorpore melhor do que Ernesto Albán, através do seu personagem Dom Evaristo Corral e Chancleta.
Embora Albán tenha nascido em Ambato, seu personagem conseguiu mostrar a idiossincrasia do habitantes da antiga Quito.
Don Evaristo, sempre vestido com colete, leva e chapéu, representava o típico chulla de Quito: funcionário público de classe média que parecia ter muito dinheiro, mas Eu não tinha nada. A fama do personagem fez com que o prefeito Rodrigo Paz o recuperasse como uma caricatura para promover os valores cidadãos.
O toureiro
Anita Bermeo, conhecida como ‘La Torera’, Foi uma mulher extravagante que viveu em Quito no século XX, especificamente entre os anos sessenta e oitenta.
Esta mulher ganhou notoriedade naqueles anos, pois era considerada a dona e senhora da cidade.
Todos os dias ela andava pelas ruas do Centro Histórico vestida com uma casaco e chapéus coloridos, salto alto e uma bolsa enorme. Por causa dessa roupa estranha ela foi ridicularizada pelas crianças, que a provocavam chamando-a de ‘toureiro’. Ninguém sabe como foram seus últimos dias. Sabe-se que seus problemas mentais o impediram de continuar andando pelas ruas da cidade.
Carlos Michelena
O maior expoente da moderação da Quito moderna é sem dúvida Carlos Michelena, conhecido como ‘El Miche’.
Esse ator de rua, como gosta de ser chamado, interpretou o Parque El Ejido, palco principal e trincheira. dÉ aqui que ele critica o poder político, os burocratas preguiçosos e a sociedade em geral.
Quem frequenta este parque sabe os dias em que Michelena está em seu “escritório”.
Entre suas atuações mais conhecidas estão aquelas em que satirizou ex-presidentes. Abdalá Bucaram, Sixto Durán Ballén e Rafael Correa.
Paulina Tamayo
‘O grande do Equador’. Qualquer quitano ou citadino que ouça esse pseudônimo, independente de idade ou classe social, sabe que se trata de Paulina Tamayo, um dos cantores mais importantes da música nacional.
Sua voz inconfundível não pode faltar nos acontecimentos mais importantes que acontecem durante o Festivais de Quito.
Em 50 anos de carreira artística Já realizou corredores, desfiles, albazos, sanjuanitos e outros gêneros da música equatoriana. Seu talento foi reconhecido com mais de 20 prêmios nacionais e internacionais.
banda municipal
As celebrações para Festivais de Quito, como são conhecidas hoje, começaram a ser realizadas na década de 50 do século passado.
E como Não pode haver festa sem música, A banda municipal foi um dos primeiros grupos a abrilhantar os eventos populares que aconteciam naqueles anos.
Durante os seus 91 anos de criação, a banda foi composta por cerca de 30 músicos, entre os quais se destacam o trompetistas e tocadores de pratos. Por isso é comum que a cada apresentação alguém grite, brincando: “tocar trombetas.” Todo mundo sabe que este é o começo de uma noite de festa, música e canelazo tradicional.
tigelas de ponche
Poucos empregos são tão tradicionais em Quito como o de tigela de ponche Assim são conhecidos aqueles que vendem ponche, um dos bebidas tradicionais da cidade, feito com malte, clara de ovo e açúcar.
Quem se dedica a esta atividade são homens, facilmente reconhecidos pelas suas vestimentas peculiares: camisa azul clara, avental branco, sapatos pretos e chapéu branco. Sempre acompanhados de um carrinho de mão de onde obtêm o soco.
Este trabalho, com cerca de 30 vendedores, se recusa a desaparecer. Embora com o passar dos anos seja cada vez mais difícil encontrá-los nas ruas.